quarta-feira, 14 de abril de 2010

MENSAGEM PARA O COTIDIANO




Procure um terapeuta.
Fale de seus sentimentos, tome decisão, se alimente corretamente...
Se não quiser adoecer - "Tome decisão"- A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.
Se não quiser adoecer - "Busque soluções"- Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.
Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências" - Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho, etc., está acumulando toneladas de peso...uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.
Se não quiser adoecer - "Aceite-se" - A rejeição a si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.
Se não quiser adoecer - "Confie" - Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste" - O Bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva do Doutor". Alegria é saúde e terapia.
Autor: Dr. Drauzio Varela.

Aconteceu!




Numa noite eu tinha 49 anos e no outro dia, acordei com 50. Mas não foi só esta a diferença. Houve uma mudança perceptível dentro de mim que teve início há alguns meses. Na época não conectei as coisas, mas na manhã do meu aniversário, aquela angústia mudou - não que tivesse desaparecido, estava um pouco mais suave, como se o sapinho que a gente engole todos os dias tivesse ficado um pouco menor ou com um sabor mais suave, com as perninhas não tão atravessadas, sabe, foi um pouco melhor.

Ninguém me avisou. Minhas amigas, que passaram por esta fase, ou se prepararam para isto e tiveram uma experiência muito agradável ou simplesmente sabiam que a coisa ia ser dolorida, tão doída que na tentativa de me poupar de saber com antecedência o quanto eu sofreria, preferiram nem me avisar. Não as culpo. Eu também faria o mesmo, porque ninguém merece.

O incrível é que todo o ano ficamos mais velhas, mas desta vez, mudam os dois dígitos e isto é que pega. Porque dos 20 aos 30, por exemplo, é a idade das experiências interessantes, dos romances arrebatadores, dos noivados e casamentos, dos 30 aos 40, você está no auge de sua carreira, seu casamento pode ter acabado e as mais felizes e mais rápidas já engataram num outro relacionamento, dos 40 aos 50, você já ganhou algum dinheiro, tem um bom network, as pessoas te conhecem, você exerce um certo papel no seu grupo, na sua família, enfim, se você está só, muitas vezes é por opção, por não querer alguém perguntando porque você demora tanto pra se arrumar, porque não sai do computador, porque fala tanto ao telefone, enfim, muitas vezes é o momento em que você é dona da sua vida, integralmente.

E agora, o que me espera? Dos 50 aos 60? Por que não consigo deixar de me ver dentro de outro grupo? Daquele grupo. Sei que posso ter um espírito jovem, mas o corpo tem vida própria. Ah, mas você dirá, “o que importa é sua cabeça”. Com certeza, mas sua cabeça é racional, lógica, ela é a primeira a te dizer: agora você faz o que você quer, ou melhor, você só faz o que você quer e se você prefere assistir a uma maratona do seu seriado preferido ao invés de sair com suas amigas, por que não? Qual o problema?

E tem os homens, ah os homens… Se experiência representasse alguma virtude para eles, eu estaria bem feliz. Tenho um amigo que costuma dizer: “Se eu quisesse um cérebro perto de mim, casava com o Einstein”. E hoje, do alto dos meus 50 anos, posso dizer com a boca cheia (ou não, na realidade, morrendo de vergonha): a única coisa que eu tenho é um cérebro, que já me deu alguns sustos no passado, hoje superados (e operados)! Porque, admito, estou fora do peso, uns bons quilos, e o pior, não me sinto culpada, não a ponto de pensar: “pôxa, preciso fazer alguma coisa”, só um pouquinho chateada porque nem todas as roupas legais são feitas para as gordinhas. De resto, troco qualquer sessão de academia por um bom livro. Nesta fase, por exemplo, estou encantada com uma autora portuguesa chamada Margarida Rebelo Pinto, que, depois de Marian Keyes, autora de Melancia, tem sido minha companheira de criado mudo. Margarida é uma notável escritora em seu país. Aqui tem uns três livros publicados e o que eu acabei de ler é “Alma de Pássaro”, lindo, sensível, maravilhoso. Bom, mas nesta fase em que me encontro, toda a obra que aborda o relacionamento difícil e cheio de conflitos entre um homem e uma mulher é lindo, sensível e maravilhoso, portanto, há que se dar um desconto. Ela não é tão descontraída quanto a Marian Keyes, mas os elementos estão todos lá: o humor, o sarcasmo, a ironia e esta reflexão sobre o mundo masculino e feminino. Eu já li “Não há coincidências” e “Sei lá” e continuo em êxtase. Ela é meio a Carrie Bradshow de Portugal. Carrie é a personagem vivida por Sara Jessica Parker no seriado “Sex and the City”.

Em tempo, já que mencionamos o assunto, assisti o filme “Sex and the City”. Bacana, podia ser mais profundo, aquela superficialidade que se reflete nas preocupações com a roupa, o sapato, a bolsa continuam. Dá a impressão que as mulheres do seriado não envelheceram ou pelo menos, fica a sensação que de que é apenas mais um episódio da série. Sabe, não fica muito clara a vivência ao longo do tempo que as separou de uma fase para outra. Sei lá, a gente muda tanto, não é mesmo? O que realmente aconteceu com a vida delas? Parece tudo tão simples, tão vazio. Bom, minha opinião.

Enfim, voltando à versão 5.0 de mim mesma. Este desabafo é para falar do medo que estou sentindo por ser uma cinquentona, mas não daquelas saradas, tipo Vera Fisher ou Sharon Stone, não, apenas uma cinquentona assustada com o que pode rolar daqui para frente, torcendo para que os homens da minha idade me vejam como alguém do grupo, não alguém que já passou da fase de viver um relacionamento porque, “ela é meio coroa, né?”. Que as empresas me vejam como alguém que pode ensinar, por já ter vivido muito, por já ter passado por várias mudanças e que eu mesma, ao me olhar no espelho, veja lá no fundo uma criança feliz, que cresceu, virou uma garota bacana e agora, depois de tanto tempo, tanta coisa vivida, se transformou numa jovem mulher.

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